O recurso faz parte da agenda positiva do governo federal

Para minimizar o impacto negativo do aumento de impostos sobre os combustíveis, o governo volta para a agenda positiva e avisa que está preparando um programa de crédito para pequena empresa de até R$ 15 bilhões com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O anúncio deverá ocorrer em 10 de agosto, segundo informou ao Estado de Minas o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro. De acordo com o economista, essa linha de crédito voltada para micro, pequena e média empresas já existe, mas ela será ampliada com esses novos recursos do banco.

São as chamadas “operações indiretas”, em que a instituição oferece funding e um banco convencional atende o cliente e fecha o contrato com a taxa final e as condições.

“O BNDES cobra a taxa desse banco, mas toda essa linha está sendo remodelada para não haver retrabalho na submissão da ficha do cliente para aprovação. A taxa de juro final será reduzida em relação ao nível atual, que gira pouco abaixo de 20%”, explicou.

“Os desembolsos começam no dia seguinte ao anúncio e se desenrolam de modo que, em 12 meses, uns R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões poderão ser demandados”, adiantou.

Castro destacou que o compromisso da instituição com essa remodelagem é diminuir os custos de financiamento do banco.

“O BNDES está superengajado em reduzir o seu próprio spread ao mínimo e solicitar aos bancos parceiros a fazerem o mesmo. Será muito bom para empresas pequenas e médias. As microempresas estarão mais atendidas pelo Canal do Desenvolvedor, lançado recentemente. Este novo deve se chamar BNDES On Line”, disse.

ENDIVIDAMENTO
 Em entrevista ao portal G1 no fim de semana, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, comentou sobre essa linha de financiamento e disse que os recursos atenderão “empresas com faturamento de até R$ 90 milhões”. Segundo ele, a taxa ficará “acima da Selic, e “um pouco abaixo do juro mais caro de mercado”.

No primeiro semestre deste ano, o BNDES registrou queda de 16,6% no volume de empréstimos. Durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, o banco recebeu mais de R$ 500 bilhões do Tesouro Nacional para investir nos “campeões nacionais”, política que não resultou em crescimento econômico e só agravou o quadro fiscal da União, elevando o endividamento público.

Via: Em

Ivan Savi

Empresário Contábil Professor Universitário Apaixonado pelo que faz